A origem da Prova Quádrupla
Para aqueles que não conhecem a origem da Prova Quádrupla, segue abaixo texto encaminhado pelo companheiro José Domingos Zanco:
O Relato abaixo contado por seu criador, o rotariano Herbert J. Taylor, nos idos de 1932, precisa e merece ser publicado, pois nos mostra o quão importante são as quatro perguntas a qualquer rotariano em seu âmbito profissional. Apesar de ter sido criada naqueles tempos, ela mostra-se atual e pertinente ao dia-dia de todo rotariano.
Em 1932, fui encarregado pelos credores da Club Aluminum Company, da qual passei a presidir, de evitar a falência e conseqüente fechamento da empresa.
Atuava a mesma como distribuidora de utensílios de cozinha e de outros artigos para uso doméstico.
A empresa devia na época uma importância superior a US$400.000 além de seu próprio ativo total.
Ou seja: ESTAVA QUEBRADA mas ainda sobrevivia.
Nessa ocasião, um banco de Chicago emprestou-nos US$6.100, parcos recursos com os quais deveríamos prosseguir operando.
Conquanto tivéssesmos um bom produto, nossos competidores também comercializavam com material de excelente qualidade e de marcas largamente anunciadas.
Nossa empresa dispunha de ótimos empregados, mas a concorrência igualmente os possuía.
E, além disso, se achavam, naturalmetne, em condições econômicas muito mais sólidas do que a nossa.
Com tremendos obstáculos e desvantagens a enfrentar, sentimos a necessidade de criar em nossa organização algo com que os competidores não contassem em idênticas proporções.
Decidimos, então, que teria de girar em torno do caráter, da noção do dever e do espírito de servir do nosso pessoal.
Começamos por selecionar cuidadosamente os nossos colaboradores e, em seguida, ajudálos a se tornarem melhores homens e mulheres, à medida que avançassem nas suas carreiras.
Acreditávamos na "força da razão" e resolvemos tentar o máximo para que estivesse ela sempre do nosso lado.
A indústria em que trabalhávamos, como acontecia com várias outras, tinha um código de ética, mas este era muito longo e quase impossível de ser memorizado e, portanto, impraticável.
Concluímos, assim, que precisávamos de um padrão simples para avaliar a correção de nossa maneira de proceder e que todos na empresa pudessem rapidamente lembrar-se.
Entendíamos que o texto proposto não deveria apontar aos nossos empregados o que lhes competia fazer, porém dirigir-lhes perguntas que lhes facilitassem verificar se os seus planos, normas e ações estavam certos ou errados. Havíamos procurado nas publicações disponíveis uma medida de ética curta mas não conseguimos encontrar uma satisfatória.
Um dia, em julho de 1932, resolvi pedir uma luz divina. Comecei a orar... Naquela manhã, debrucei-me sobre a minha escrivaninha e pedi a Deus que nos ajudasse a pensar, falar e fazer o que fosse certo.
Imediatamente peguei um cartão em branco e escrevi "A Prova Quádrupla" do que nós pensamos, dizemos ou fazemos, assim:
1 - É a Verdade:
2 - É justo para todos os interessados:
3 - Criará boa vontade e melhores amizades?
4 - Será benéfico para todos os interessados? Coloquei esse pequeno elenco de perguntas sob o vidro de minha mesa de trabalho e deliberei ensaiá-la por alguns dias, antes de abordar o assunto com qualquer funcionário da empresa. O resultado foi deveras desencorajador. Por pouco não lancei-a na cesta de lixo.
Logo no primeiro dia quando comparei tudo que passou "É a verdade?" Nunca me havia, até então, percebido de quanto estava freqüentemente afastado da verdade e do número de inexatidões que figuravam nos documentos, cartas e propaganda da empresa.
Depois de cerca de dois meses de um sincero e constante empenho de minha parte, eu estava completamente convencido de seu valor e, ao mesmo tempo, imensamente humilhado, e às vezes desanimado, com o meu próprio desempenho como presidente da empresa. Tinha, entretanto, progredido bastante naquele propósito de respeitar o teste para julgar-me autorizado a mencioná-lo a meus associados. Discuti-o com os quatro chefes de departamento,que curiosamente, eram de quatro religiões ou crenças distintas: um era católico, o segundo cristão cientista, o terceiro judeu ortodoxo e o quarto presbiteriano. Indaguei a cada um deles se notava algum detalhe na Prova Quádrupla contrário à doutrina e aos ideais de sua particular devoção.
Todos concordaram que o culto da veracidade, eqüidade, amistosidade e prestimosidade não só se ajustava a seus princípios mas que, se permanentemente observados nos negócios, essas virtudes lhes asseguravam maior sucesso e aperfeiçoamento. Anuíram então em averiguar se os planos, normas, informes e publicidade do estabelecimento se enquadravam aos ditames da Prova Quádrupla. Posteriormente, pediram eles que o pessoal decorasse e adotasse em suas relações com os demais. A investigação da linguagem dos nossos anúncios, à luz da Prova Quádrupla, resultou na eliminação de expressões cuja autenticidade não podia ser demonstrada. Superlativos como "o melhor", "o maior", "o único", desapareceram de nossa propaganda.
Como conseqüência, o público gradativamente passou a depositar crescente fé que declarávamos nos anúncios e a comprar mais das nossas mercadorias. O uso ininterrupto da Prova Quádrupla levou-nos a alterar nossa orientação atinente às relações com os competidores.
Abolimos de nossa literatura e reclames quaisquer comentários adversos ou prejudiciais aos produtos da concorrência.
Quando se oferecia uma oportunidade de elogiar nossos colegas não hesitávamos em fazê-lo.
Assim, conquistamos sua consideração, respeito e amizade. A obediência aos preceitos da Prova Quádrupla no trato com nossos empregados, fornecedores e clientes garantiu-nos a sua estima e boa vontade.
Aprendemos que a afeição e confiança daqueles com quem nos associamos são essenciais ao êxito duradouro dos negócios. Graças ao leal esforço dos nossos servidores por mais de vinte anos, atingimos com firmeza os alvos a que a Prova Quádrupla se propunha atingir.
Fomos recompensados com um contínuo aumento de nossas vendas e lucros, das quais, passaram a participar desta remuneração todos os funcionários da empresa. Falida em 1932, conseguimos, em poucos anos, saldar todas as dívidas da firma, e ainda recompensamos os acionistas com o pagamento de mais de um milhão de dólares em dividendos. De uma dívida de US$400.000, atingimos um ativo superior a US$2.000.000.000 (dois milhões de dólares). Todos esses resultados se originaram de um investimento inicial de apenas US$ 6.100, da observância da Prova Quádrupla e do labor intenso de algumas dedicadas criaturas que acreditaram na bondade divina e atuaram sob a inspiração de elevados ideais. Os dividendos intangíveis, derivados da adoção da Prova Quádupla, são ainda mais significativos do que os financeiros.
Vimos crescer, a nosso favor, a boa vontade, a estima e a confiança dos clientes, dos concorrentes e do público em geral e, o que é mais valioso, assinalamos um grande aprimoramento dos predicados morais do nosso corpo de funcionários e empregados.
Descobrimos que a Prova Quádrupla podia ser aplicada a todas as modalidades de contatos, no setor dos negócios, no curso da própria vida doméstica, social e cívica.
E, dessa forma, passamos a ser melhores pais, melhores amigos e melhores cidadãos.
Em 1932, fui encarregado pelos credores da Club Aluminum Company, da qual passei a presidir, de evitar a falência e conseqüente fechamento da empresa.
Atuava a mesma como distribuidora de utensílios de cozinha e de outros artigos para uso doméstico.
A empresa devia na época uma importância superior a US$400.000 além de seu próprio ativo total.
Ou seja: ESTAVA QUEBRADA mas ainda sobrevivia.
Nessa ocasião, um banco de Chicago emprestou-nos US$6.100, parcos recursos com os quais deveríamos prosseguir operando.
Conquanto tivéssesmos um bom produto, nossos competidores também comercializavam com material de excelente qualidade e de marcas largamente anunciadas.
Nossa empresa dispunha de ótimos empregados, mas a concorrência igualmente os possuía.
E, além disso, se achavam, naturalmetne, em condições econômicas muito mais sólidas do que a nossa.
Com tremendos obstáculos e desvantagens a enfrentar, sentimos a necessidade de criar em nossa organização algo com que os competidores não contassem em idênticas proporções.
Decidimos, então, que teria de girar em torno do caráter, da noção do dever e do espírito de servir do nosso pessoal.
Começamos por selecionar cuidadosamente os nossos colaboradores e, em seguida, ajudálos a se tornarem melhores homens e mulheres, à medida que avançassem nas suas carreiras.
Acreditávamos na "força da razão" e resolvemos tentar o máximo para que estivesse ela sempre do nosso lado.
A indústria em que trabalhávamos, como acontecia com várias outras, tinha um código de ética, mas este era muito longo e quase impossível de ser memorizado e, portanto, impraticável.
Concluímos, assim, que precisávamos de um padrão simples para avaliar a correção de nossa maneira de proceder e que todos na empresa pudessem rapidamente lembrar-se.
Entendíamos que o texto proposto não deveria apontar aos nossos empregados o que lhes competia fazer, porém dirigir-lhes perguntas que lhes facilitassem verificar se os seus planos, normas e ações estavam certos ou errados. Havíamos procurado nas publicações disponíveis uma medida de ética curta mas não conseguimos encontrar uma satisfatória.
Um dia, em julho de 1932, resolvi pedir uma luz divina. Comecei a orar... Naquela manhã, debrucei-me sobre a minha escrivaninha e pedi a Deus que nos ajudasse a pensar, falar e fazer o que fosse certo.
Imediatamente peguei um cartão em branco e escrevi "A Prova Quádrupla" do que nós pensamos, dizemos ou fazemos, assim:
1 - É a Verdade:
2 - É justo para todos os interessados:
3 - Criará boa vontade e melhores amizades?
4 - Será benéfico para todos os interessados? Coloquei esse pequeno elenco de perguntas sob o vidro de minha mesa de trabalho e deliberei ensaiá-la por alguns dias, antes de abordar o assunto com qualquer funcionário da empresa. O resultado foi deveras desencorajador. Por pouco não lancei-a na cesta de lixo.
Logo no primeiro dia quando comparei tudo que passou "É a verdade?" Nunca me havia, até então, percebido de quanto estava freqüentemente afastado da verdade e do número de inexatidões que figuravam nos documentos, cartas e propaganda da empresa.
Depois de cerca de dois meses de um sincero e constante empenho de minha parte, eu estava completamente convencido de seu valor e, ao mesmo tempo, imensamente humilhado, e às vezes desanimado, com o meu próprio desempenho como presidente da empresa. Tinha, entretanto, progredido bastante naquele propósito de respeitar o teste para julgar-me autorizado a mencioná-lo a meus associados. Discuti-o com os quatro chefes de departamento,que curiosamente, eram de quatro religiões ou crenças distintas: um era católico, o segundo cristão cientista, o terceiro judeu ortodoxo e o quarto presbiteriano. Indaguei a cada um deles se notava algum detalhe na Prova Quádrupla contrário à doutrina e aos ideais de sua particular devoção.
Todos concordaram que o culto da veracidade, eqüidade, amistosidade e prestimosidade não só se ajustava a seus princípios mas que, se permanentemente observados nos negócios, essas virtudes lhes asseguravam maior sucesso e aperfeiçoamento. Anuíram então em averiguar se os planos, normas, informes e publicidade do estabelecimento se enquadravam aos ditames da Prova Quádrupla. Posteriormente, pediram eles que o pessoal decorasse e adotasse em suas relações com os demais. A investigação da linguagem dos nossos anúncios, à luz da Prova Quádrupla, resultou na eliminação de expressões cuja autenticidade não podia ser demonstrada. Superlativos como "o melhor", "o maior", "o único", desapareceram de nossa propaganda.
Como conseqüência, o público gradativamente passou a depositar crescente fé que declarávamos nos anúncios e a comprar mais das nossas mercadorias. O uso ininterrupto da Prova Quádrupla levou-nos a alterar nossa orientação atinente às relações com os competidores.
Abolimos de nossa literatura e reclames quaisquer comentários adversos ou prejudiciais aos produtos da concorrência.
Quando se oferecia uma oportunidade de elogiar nossos colegas não hesitávamos em fazê-lo.
Assim, conquistamos sua consideração, respeito e amizade. A obediência aos preceitos da Prova Quádrupla no trato com nossos empregados, fornecedores e clientes garantiu-nos a sua estima e boa vontade.
Aprendemos que a afeição e confiança daqueles com quem nos associamos são essenciais ao êxito duradouro dos negócios. Graças ao leal esforço dos nossos servidores por mais de vinte anos, atingimos com firmeza os alvos a que a Prova Quádrupla se propunha atingir.
Fomos recompensados com um contínuo aumento de nossas vendas e lucros, das quais, passaram a participar desta remuneração todos os funcionários da empresa. Falida em 1932, conseguimos, em poucos anos, saldar todas as dívidas da firma, e ainda recompensamos os acionistas com o pagamento de mais de um milhão de dólares em dividendos. De uma dívida de US$400.000, atingimos um ativo superior a US$2.000.000.000 (dois milhões de dólares). Todos esses resultados se originaram de um investimento inicial de apenas US$ 6.100, da observância da Prova Quádrupla e do labor intenso de algumas dedicadas criaturas que acreditaram na bondade divina e atuaram sob a inspiração de elevados ideais. Os dividendos intangíveis, derivados da adoção da Prova Quádupla, são ainda mais significativos do que os financeiros.
Vimos crescer, a nosso favor, a boa vontade, a estima e a confiança dos clientes, dos concorrentes e do público em geral e, o que é mais valioso, assinalamos um grande aprimoramento dos predicados morais do nosso corpo de funcionários e empregados.
Descobrimos que a Prova Quádrupla podia ser aplicada a todas as modalidades de contatos, no setor dos negócios, no curso da própria vida doméstica, social e cívica.
E, dessa forma, passamos a ser melhores pais, melhores amigos e melhores cidadãos.
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